sábado, 24 de julho de 2010

O website ideal da instituição


Há exemplos tristes e felizes de portais eletrônicos de empresas e instituições públicas por aí. O primeiro erro é permitir sua administração por profissionais sem conhecimento de Jornalismo. Montar um site é muito complicado e não pode receber propostas apenas dos webmasters, que se consideram, em geral, pintores de uma obra que não pode ser retocada de maneira alguma.

Website institucional pertence à instituição e não ao seu desenvolvedor! Enfatizar isso se faz necessário diante dos muitos conflitos, que tiram o sono de muita gente envolvida com o assunto, precisamente no momento da concepção da página.

Primeiro passo: não querer fazer uma obra de arte, com recursos em flash (animações vetoriais), que tornam o site pesado e fru-fru demais. Isso fica para os hotsites, mas apropriados a artistas e seus fãs-clubes. Segunda etapa: observar os sites padrões congêneres, mas não copiar e fazer tão parecido, mas com a estrutura padrão. Mas qual o padrão?

Um site institucional deve ser funcional, ou seja, quando você abre a página encontra as informações organizadas por temas e sem muitos subtemas e, melhor, tudo bastante leve. Embora a era dos PCs lentos tenham se passado, o problema maior são as bandas largas, que em determinados períodos não proporcionam a rapidez em seus processamentos que prometem. Por isso, um site pesado não atende a expectativa do usuário moderno, que não tem tempo de ficar admirando cores, paisagens ou passeando entre links.

Quando alguém vai a um supermercado à procura de creme de barbear ou de prancha de cabelos quer encontrá-los nos setores correspondentes. Por isso, uma página deve possuir um menu visível, preferencialmente à esquerda. Quando no cabeçalho, o menu deve ser objetivo, sem aqueles recursos que obrigam o usuário a permanecer com o dedo preso ao mause, sob o risco de perder o contato com o link escolhido a qualquer momento.

Ao elaborar uma página eletrônica, é preciso que participem de sua construção, naturalmente, o (s) webmaster (s), os responsáveis pelos setores participantes e, naturalmente, de novo, jornalistas. A atenção também deve ser dada às imagens. Um site precisa de imagens nítidas, atraentes, LEVES, sugestivas, artísticas, muitas imagens. O usuário quer ler menos e ver mais, em alguns sites, claro. Isso não vale para webs de serviço, por exemplo, como da Receita Federal onde se vai para ler mesmo, mas não muito, ainda assim.

Ser sucinto e objetivo é um desafio para os profissionais. De preferência, e não custa, criar um espaço para críticas e sugestões, inclusive sobre o site. Ah, é crucial que o administrador responda ou encaminhe imediatamente as mensagens para que o problema seja sanado e a resposta enviada com a rapidez que o assunto requerer.

A estrutura ideal seria: cabeçalho direto, com tópicos sobre a empresa em links distribuídos abaixo (institucional, histórico, diretoria, opção para mudança de linguagem, espaço pesquisa etc.); menu de opções à esquerda; assunto principal no centro com imagem e curto texto; assuntos secundários (segundo sua ordem de importância, a critério dos técnicos do setores) ilustrados ou não, em tamanho menor (com um terço do tamanho do destaque); links para site afins, rede social (Orkut, Facebook, Twitter etc), formulário "fale conosco", endereços e telefones (primordial!), tudo isso abaixo da página, lá no fim.

Há inúmeras criatividades que podem ser aplicadas a um website institucional, mas é preciso sempre ter em mente a funcionalidade da página. Adicionar gadgets como previsão do tempo, temperatura, câmbio etc muitas vezes é desnecessário já que muitos PCs trazem estas informações em suas áreas de trabalho. Organizar um setor de pesquisa eficiente e muito mais útil, dependendo da instituição.

Enfim, as dicas são estas e as recomendações são fruto de observações coletadas de diversos profissionais de segmentos distintos. Não há muito segredo na discussão do conteúdo ideal de sites institucionais. É preciso, apenas, estar atento às peculiaridades da empresa ou orgão público e traduzir sua proposta para o formato digital - técnica que requer observação e disposição de aceitar revisões de conceitos iniciais, ainda que para isso seja preciso anular todo o projeto e começar tudo de novo. Assim é a dinâmica da Internet.

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