terça-feira, 6 de outubro de 2009

COMITÊS DE CRISE



Os comitês não costumam existir nas instituições ditas “opacas”, mas de uma maneira ou de outra, eles acabam por ser criados nos momentos de crise, devido à enorme pressão da mídia e da opinião pública. Nesses casos, o assessor pode ajudar a criar tais comitês, a partir do modelo-padrão sugerido, que, obviamente, trata-se apenas de um modelo, a começar pelos nomes:

- Comitê executivo da crise: Coordenado pelo alto escalão, com a participação da assessoria de imprensa, é que será responsável por este comitê, composto por representantes das áreas relacionadas com o setor da crise. A função do comitê é a de unificar a linguagem da empresa diante do ocorrido e reunir informações para que as necessidades dos jornalistas e da opinião púbica sejam atendidas.

- Comitê de relações com o público externo: o assessor deve auxiliar a presidência na escolha de um ou mais porta-vozes. Não é recomendado que seja o presidente da empresa – cuja imagem deve ser preservada – nem muito menos o próprio assessor de imprensa, sob o risco de ele perder a condição de neutralidade que a função exige.

O papel do porta-voz é de fazer com que o discurso seja transmitido de um modo coerente e “padronizado” para o público externo. Cabe lembrar que ele sempre deverá ser orientado pelo assessor sobre como lidar com os jornalistas durante as entrevistas, sem usar termos demasiadamente técnicos, sob o risco de provocar evidentes prejuízos à comunicação. Um porta-voz que vacila em suas falas, leva a imprensa a interpretar envolvimento ou admissão de culpa, mesmo porque todas as informações serão objeto de confrontação junto a especialistas, sindicalistas e até funcionários descontentes.

- Comitê de redação: no caso de crises graves, é provável que o assessor de imprensa precise organizar coletivas com certa freqüência. Um grupo com função determinada de ajudar na organização destas coletivas e na preparação dos imprescindíveis textos de apoio pode fazer com que seu trabalho flua melhor. Dependendo do tipo de crise (um acidente com vítimas, por exemplo), o comitê de redação deve preparar releases diários contendo as últimas informações e os procedimentos que estão sendo tomados pela empresa ou instituição pública para reparar as possíveis consequências. Recomenda-se que os releases também sejam publicados no site do orgão, para que tenham fácil acesso.

- Comitê de acompanhamento de mídia: deve monitorar e corrigir os eventuais erros cometidos pela mídia.

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