quinta-feira, 8 de outubro de 2009

FONTE JORRA NOTÍCIAS

Para ser simpático à mídia, é preciso ter o que falar, ou seja, ser uma boa fonte de informação. No livro “Você na Telinha – Como usar a mídia a seu favor” (Futura, S. Paulo, 2002), do jornalista Heródoto Barbeiro, há dicas salutares para quem quer saber como gerar notícia. Mas, primeiro, é fundamental saber como transmiti-la. “A fonte ideal é aquela que acumula reputação, credibilidade e sensibilidade para o interesse público”, adverte o autor.

Uma das dicas de Barbeiro é para com o cuidado no falar demais e aleatoriamente assim que a luz vermelha acende, o que ele qualifica de “efeito holofote”. “Elas se apagam e dificilmente voltam a acender. Negar uma notícia verdadeira então, nem pensar. Notícia verdadeira não se desmente, enfrenta-se”.

Consideram-se notícia e, geralmente, ocupam espaços gratuitos na mídia: idéias realmente originais (doação de violões para homens de rua); tragédias (inundações, incêndio, chacinas etc); escândalos (relacionamentos extra-conjugais de figuras conhecidas, desfalques ou desvio de dinheiro público); fatos novos ou que envolvam celebridades negativa ou positivamente (assalto a artista ou inauguração de ginásio com presença de um); assuntos polêmicos (proibição de animais em circo), de grande interesse público (aumento ou desconto no imposto), de cunho sócio-esportivo (aulas gratuitas de natação) ou de relevante alcance social (inauguração de hospital público e de alguma grande obra).

Porém, não se pode esquecer que a cobertura para realizações ou eventos sociais deve ser sugerida e nunca exigida somente em função de sua real importância. O que mais aborrece repórteres quando buscam respostas para assuntos ou entrevistas a respeito de fatos negativos, por exemplo, são as provocações do tipo: “agora vocês aparecem rapidinho, mas quando o assunto é positivo, ninguém dá as caras”.

Existem vários exemplos de conduta que, ao invés de surtir efeito positivo no relacionamento com a mídia, piora a situação. Eis algumas das atitudes das fontes que são mais condenadas pela imprensa:

- Aproveitar-se da falta de conhecimento dos jornalistas sobre
determinada especialidade;
- Pressionar com verbas publicitárias para ser favorecido;
- Estrelismo;
- Inventar dados estatísticos favoráveis;
- Prometer o que evidentemente não se pode cumprir;
- Não ser claro e preciso nas respostas;
- Falar pelos “cotovelos”;
- Falar mal dos concorrentes ou adversários;
- Discutir, principalmente no ar, com jornalistas, leitores, ouvintes, adversários ou telespectadores.

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