terça-feira, 13 de outubro de 2009

ERROS DURANTE O FOLLOW-UP

Durante o follow-up, um dos erros mais cometidos pelos assessores é o de não dominar o assunto. O assessor produz a matéria, envia, mas não está muito afinado com o tema porque se reservou a escrever a matéria e cumprir exatamente o que estava na pauta. Quando é indagado sobre mais informações acaba se irritando com as “curiosidades” dos colegas de redação.

Assim que a pauta nasce na reunião, o jornalista deve se aprofundar no assunto, buscando todas as informações a respeito do tema. Por exemplo, se a pauta é sobre ações contra dengue na cidade, é natural que se queira produzir uma matéria positiva, sem assuntos que deponham contra a instituição. No entanto, não se pode omitir dados importantes sobre o tema, como números de casos da doença na cidade, comparativos com anos anteriores no período e outras informações. Mas se algo realmente foge do conhecimento do jornalista, como uma pergunta técnica, não é errado pedir tempo para busca da informação. O que não se pode fazer é tentar responder ao colega com base em “achismos”.

Querer “vender o peixe do cliente” a qualquer custo é outro erro dos assessores de imprensa. Além de não surtir efeito, a conduta causa desgaste na relação com as redações. Quando age desse modo, os assessores demonstram que estão mais interessados na projeção do assessorado que em colaborar com os colegas na viabilização da matéria.

Quando se faz um follow-up, não se deve demonstrar desespero pela publicação, atribuindo um valor inexistente e exagerado ao assunto. Para que o colega e redação perceba que a pauta é importante ele precisa saber que importância tem o assunto para o público. Ou seja, se há relevância pública, a publicação é certa. Quando se manifesta de forma ansiosa pela divulgação de algo, muitas vezes o assessor acaba fazendo com que o assunto perca valor pela maneira como a matéria foi “vendida”.

Ligar em dia ou horário de fechamento ou de reunião de pauta é outro erro das assessorias de imprensa. Para que isso nunca ocorra, é necessário conhecer a rotina das redações. Esse conhecimento acontece com o approaching, tema visto anteriormente. É conversando com os colegas de redação que podemos saber quando o telefonema pode ser feito sem que cause incômodo.

Nesses contatos também se pode aproveitar para saber qual é o formato e o meio ideal das peças a serem enviadas às redações. Há veículos, por exemplo, que não gostam de receber e-mails com matérias anexadas, mas coladas ou “atachadas” direto no corpo da mensagem, a fim de evitar que elas cheguem às redações cheias de vírus ou macros, geralmente embutidos em arquivos do Word. Há veículos que possuem firewalls que bloqueiam imediatamente uma mensagem com arquivo anexado.

O follow-up é assim: uma ferramenta imprescindível e determinante no trabalho das assessorias de comunicação. Além de conhecer o “gosto do freguês”, a prática desse contato permite que se saiba se o “cliente” quer ou não manter o serviço. Se não quer, pode-se saber qual o motivo da rejeição para que se possa mudar a situação. Se quer continuar, o follow-up vai servir para que a boa relação seja melhorada.

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